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Após visitar BR-364, Comissão da Aleac garante ir até Brasília dialogar com DNIT

POLÍTICA
A Comissão de Obras Públicas, Transporte e Comunicação da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac)iniciou na última quinta-feira (14) visita a trechos da BR-364 que cortam os municípios de Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó e Tarauacá. Acompanhados de técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) e do Deracre, os parlamentares constataram os pontos críticos da rodovia.
O presidente da Comissão, deputado Jesus Sérgio (PDT), disse que a ideia é elaborar um relatório que será apresentado ao governo do Estado e aos parlamentares da bancada federal com a finalidade de buscar recursos para a recuperação dos trechos que apresentam avarias.
“Visitamos esses pontos que se encontram em condições ruins e os técnicos do Deracre e do DNIT alegaram que não há recursos para manutenção. Manutenção essa primordial para manter o tráfego.  Nesse sentido, vamos elaborar um relatório e encaminhar ao governador e ao DNIT. Se possível iremos a Brasília junto à nossa bancada federal buscar recursos”, disse o pedetista.
Jesus Sérgio assegurou, ainda, que o objetivo da visita é fortalecer a viabilização de uma superintendência do DNIT no Acre. Atualmente a autarquia não tem esse status, o que, de certo modo, limita a administração.
Já o vice-presidente da Comissão, deputado Raimundinho da Saúde (PTN), salientou a importância da rodovia para o Estado. “É uma situação muito difícil a condição dessa BR. Temos mais de 300 mil pessoas que estão deixando de ter um atendimento como deveriam ter. Temos que fazer essas visitas para não ficarmos no disse me disse”, argumenta.
Para o engenheiro do Deracre Júlio Martins, que acompanhou a comitiva de parlamentares, o fator preponderante que explica as condições adversas da rodovia é a falta de manutenção. Ele assegurou que tudo aquilo que estava previsto nos convênios firmados com o governo federal foi cumprido.
“Foi firmado um convênio com o governo federal e assim como todo convênio tem um início e um fim. Procuramos fazer o nosso trabalho e dentro do que estava previsto executamos as obras. Em uma rodovia como essa, a manutenção é quase que imediata. E pelo entendimento que temos, o DNIT já começou o trabalho de manutenção, que é de fundamental importância para que ela permaneça trafegável”, disse o representante do Deracre.
Já o representante do DNIT, Tiago Caetano, afirmou que a falta de recursos para a manutenção da rodovia é a principal dificuldade encontrada pela autarquia. Ele explicou que os serviços emergenciais estão sendo desenvolvidos para evitar o fechamento da estrada.
“Desde que assumimos a rodovia, o DNIT tem feito um planejamento de curto e longo prazo. O de curto prazo diz respeito à manutenção, a missão principal não é resolver o problema da BR, mas, sim, não deixá-la fechar. O DNIT tem lutado a todo custo para que isso não aconteça. Fora isso, temos outros projetos, como a reconstrução dessa rodovia que tem previsão de conclusão agora no meio do ano. Há outro projeto, que é o de restauração. A nossa ideia é, se houver orçamento, tentar licitar até mês que vem esse projeto para darmos uma geral nessa rodovia”, salienta.
Após a analisar as obras, os parlamentares decidiram que se reunirão novamente com os técnicos do DNIT e Deracre na próxima terça-feira (19), às 14 horas, na sede do DNIT em Rio Branco. O objetivo é conhecer melhor os trechos já licitados e os que ainda esperam por licitação, além dos convênios firmados anteriormente.
Na visita à estrada que liga o Vale do Acre ao Vale do Juruá, os deputados vistoriaram diversas obras em Feijó. Nesse contexto incluem-se as ruas beneficiadas pelo Programa Ruas do Povo, a rodoviária intermunicipal, além do prédio do Instituto Sócio Educativo do Acre (ISE), que se encontra com as obras paralisadas há quase dois anos.
O que eles disseram:
Gehlen Diniz (PP)
“Eu vi os colegas falando que estava ruim, mas vindo até Tarauacá o que eu tenho a dizer para o povo acreano é: nós não temos BR-364. Temos de Rio Branco até Sena Madureira, mas que está em perigo também. É uma tristeza, dói na alma você ver a situação dessa rodovia que seria uma estrada de primeiro mundo, que consumiu R$ 2 bilhões e não temos rodovia. Isso aqui cabe uma CPI”.
Jonas Lima (PT)
“Eu já tinha me posicionado na Aleac que com a saída do Deracre a BR-364 não ia ser cuidada da forma que essa instituição cuidava. Eu quero parabenizar a preocupação do Parlamento estadual, que tem se empenhado para conhecer todo o processo de execução de obras na BR-364. Hoje, vir aqui e dizer que não temos BR é porque eles não conheciam essa estrada antes. Antes gastávamos 22 dias, 30 dias com os meus amigos caminhoneiros. Temos que reconhecer esse esforço político iniciado desde 2007 por essa BR”.
Luiz Gonzaga (PSDB)
“Esse pedido de CPI está feito desde o início do ano. Já temos sete assinaturas, falta somente uma. A situação não está boa, nunca tinha essa estrada do jeito que está. Está acabada. Acredito que depois disso vamos ter a oitava assinatura para instalarmos essa CPI”.

Agência Aleac
oriobranco.net

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