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Alunos protestam contra queimadas no Acre: ' precisamos respirar'

Estudantes da escola Neutel Maia fizeram um manifesto nesta sexta (26).
Cerca de 700 alunos levaram cartazes e faixas para a rua.

Com a forte massa de fumaça e o aumento das doenças respiratórias em Rio Branco, os alunoa da escola pública Neutel Maia fizeram uma manifestação na manhã desta sexta -feira (26) para protestar contra as queimadas. Cerca de 700 alunos se reuniram na frente da escola, na Avenida das Nações Unidas, por volta das 8h30. A professora de história, Cirlene Prado, de 46 anos, explica que a ideia é conscientizar tanto a população quanto as autoridades do estado.
A estudante do 8° ano, Júlia Viana Maia, de 14 anos, disse que precisou faltar dois dias de aula após ficar doente. A aluna teve que ir ao médico por conta do tempo e da dificuldade de respirar. “Eu espero que sirva para alguma coisa, porque isso está prejudicando muito a saúde de todo mundo”, reclama.
Protesto Escola Neutel Maia Acre (Foto: Marcos Vicentti/Arquivo Pessoal)
Alunos levantam cartaz contra às queimadas na rua
(Foto: Marcos Vicentti/Arquivo Pessoal)
Juliana Nascimento, de 13 anos, confirma dizendo que a fumaça incomoda os alunos durante as aulas e muitos já passaram mal. “Estamos reivindicando para pararem de queimar porque a fumaça está muito grande. Protestar contra os incêndios que estão ocorrendo”, afirma.
A professora Cirlene conta que todos os alunos do turno da manhã foram envolvidos e o protesto faz parte uma atividade escolar sobre as queimadas.
“Eles têm aula, tem base para falar. Não adianta falar por falar, e isso é esclarecido. Tivemos um tempo de estudo e debate, o manifesto é um resultado do que já fizemos na sala”, explica a professora.
Além da população, a professora reforça que o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) também precisa ficar em alerta. Segundo ela, os altos índices de calor e fumaça estão associados à falta de fiscalização. “Há 20 dias acabou o contrato de 50 pais de família do Imac e foram demitidos. Eles estão desempregados e a fumaça aumenta e quem paga isso? A sociedade”, afirma Cirlene.
G1 entrou em contato com o Imac, que informou que deve se posicionar ainda nesta sexta-feira (26).
Manifesto foi realizado na manhã desta sexta (26) (Foto: Iryá Rodrigues/ G1 Acre)Manifesto foi realizado na manhã desta sexta (26) (Foto: Iryá Rodrigues/ G1 Acre)


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