Site Cultural de Feijó

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“Estado não sabe quanto nem quem produz açaí”

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Fiscalização na extração é função do Estado
O Ministério da Agricultura vai enviar para o Acre um auditor fiscal para ajudar o Governo do Estado a controlar a contaminação do açaí pelo protozoário causador da doença de chagas. Com 100% das amostras coletadas em Feijó, apontando que existe contaminação pelo Barbeiro, a superintendência do ministério no Acre chegou a afirmar que existe “falta de controle” do comércio do produto no Estado.
Por ano, 4 mil toneladas de açaí são comercializadas. O Governo do Estado vem incentivando a cultura. Só na região de Feijó foram plantados 1,5 mil hectares; além de outros 500 hectares pela iniciativa privada.
Mas, segundo o superintendente do MAPA no Acre, Luziel Carvalho, falta fiscalização. E disse que o açaí não vem apenas de Feijó: o comércio se estende para Plácido de Castro, Xapuri, os municípios do Juruá e de Boca do Acre, no Amazonas.
“Não existem cuidados mínimos com a higienização. O Estado não sabe quantificar nem nominar quem produz açaí e nem como ele chega ao mercado. O que se sabe é que não existe o cuidado necessário”, reclamou.
O superintendente disse ainda que a fiscalização das pessoas que manuseiam o açaí é obrigação do Estado. “Atuamos quando se constitui uma indústria que precisa de registro, o pessoal que trabalha retirando o açaí é de responsabilidade da Secretaria de Produção”, informou.
Outra falha grave apontada por Luziel Carvalho é a ausência de uma norma específica com as regras para a produção e alertou que se todas as amostras coletadas foram positivas para contaminação.
O Estado deveria ter tomado uma atitude mais enérgica e não liberar o consumo. “Estamos tratando de saúde pública. Se apareceu contaminação, deveria se isolar o local e evitar que as pessoas tenham contato com o produto”, declarou.
A secretaria de Produção do Estado informou que vai exigir que todos que trabalhem com o açaí passem a adotar medidas de higienização. Segundo Lourival Marques, só o choque térmico é capaz de matar o protozoário que fica nas fezes do barbeiro e que causa a Doença de Chagas. “É preciso manter a cultura para evitar a queda das vendas do produto, que, entre as frutas, é a que tem maior comercialização do Estado”, explicou.
A superintendência do MAPA alertou ainda a que não é só a higienização que preocupa: “O açaí quando é batido leva água. É preciso saber se é mineral. Possivelmente no interior do Estado não existe esse cuidado e, para ajudar, o Ministério da Agricultura estará enviando um auditor fiscal do Pará. Ele deve chegar ao Acre no início de novembro e vai apontar o melhor caminho para garantir o açaí de qualidade”, completou.
agazeta.net

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