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AC tem 2º maior aumento em áreas desmatadas durante 1 ano, diz Inpe

Área desmatada cresceu de 264 km² para 389 km² entre 2015 e 2016. 
Governo afirmou que pediu 'revisão dos dados' divulgados pelo instituto.

Caio FulgêncioDo G1 AC

De janeiro a agosto desse ano Tarauacá registrou 102 focos de incêndio  (Foto: Divulgação/Ciopaer)Inpe afirmou que desmatamento aumentou 47% no Acre em um ano (Foto: Divulgação/Ciopaer)













O desmatamento no Acre aumentou 47% em um ano, de acordo com estimativa do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados foram contabilizados no período correspondente de agosto de 2015 a julho de 2016.
Dados mostram áreas desmatadas (Foto: Divulgação/Inpe)
Dados mostram abrangência das áreas
desmatadas (Foto: Divulgação/Inpe)
Em nota, o governo do estado disse que solicitou a revisão dos dados, uma vez que "uma série de políticas públicas para redução do desmatamento foram implementadas nesse período". A administração falou também que, a partir da revisão, deve "realizar uma avaliação criteriosa" e "adotar as medidas corretivas, caso necessário".
O instituto apontou que uma área de 389 km² foi removida da cobertura florestal por corte raso em 2016. No ano passado, segundo os números do Prodes, a faixa desmatada chegava a 264 km². No período, a Amazônia sofreu um aumento de 29% no desmatamento - correspondendo a uma área de 7.989 km² removida.
Entre os nove estados que compõem a Amazônia Legal, o Amazonas foi o que registrou a maior variação chegando a 54% de devastação. O Pará e Tocantins aparecem na lista logo abaixo do Acre, com um crescimento de 41% e 40% no desmate, respectivamente. Somente o Mato Grosso e Amapá tiveram redução: 6% e 4%.
Desmatamento no Acre caiu 64% em 11 anos, diz governo
O governo acrescentou, ainda na nota, que o estado acreano teve um decréscimo de 64% nas áreas devastadas. Ressaltou também que, durante todo o ano passado, a diminuição correspondeu a 15%. "Os números reforçam o compromisso em promover o desenvolvimento econômico com inclusão social e conservação ambiental".

A discrepância nos dados, segundo o estado, ocorreu devido ao levantamento do Inpe ser baseado "em estimativas", que "basicamente, analisam uma amostra do total de imagens de satélite disponíveis".
Confira a nota oficial do governo na íntegra:

O governo do Estado do Acre, por meio dos órgãos gestores de meio ambiente, informa que em relação aos dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), sobre a taxa de desmatamento da Amazônia e do Acre referente ao ano de 2016,está solicitando a revisão dos dados divulgados nesta terça-feira, 29.

Estes dados são baseados em estimativas, conforme metodologia e critérios aplicados pelo INPE, que basicamente, analisa uma amostra do total de imagens de satélite disponíveis. Os dados consolidados em 2016, resultante da análise das demais cenas que cobrem a área de monitoramento na Amazônia Legal, têm previsão de serem concluídos e publicados no primeiro semestre de 2017.
Tal decisão do governo se dá em função de que uma série de políticas públicas para redução do desmatamento foram implementadas neste período, como ações de comando, controle e fiscalização ambiental associados à ampliação de políticas para agricultura familiar visando a intensificação do uso de áreas já desmatadas, além da ocorrência de fenômenos climáticos atípicos.
A partir da revisão e com a divulgação dos dados consolidados, o governo do Acre se propõe a realizar uma avaliação criteriosa diante do resultado, e adotar as medidas corretivas, caso necessário.
Vale ressaltar que nos últimos 11 anos (2004 a 2015) a redução do desmatamento no Acre foi de 64%, quando de 2011 a 2015, a média registrada foi mais de 40% abaixo do dado divulgado pelo INPE. E destaca-se que em 2015, a redução foi de 15% em relação ao ano anterior. Esses números reforçam o compromisso do governo do Acre em promover o desenvolvimento econômico, com inclusão social e conservação ambiental.

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