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TJ diz que pediu 'socorro' ao STF para combater guerra de facções no Acre

Presidente do TJ-AC diz que também pediu 200 homens da Força Nacional.
Em nova onda de execuções, capital registrou nove mortes em 3 dias.

Iryá RodriguesDo G1 AC

Desembargadora diz que solicitou 200 homens da Força Nacional ao Ministério da Justiça  (Foto: Iryá Rodrigues/G1)Desembargadora diz que solicitou 200 homens da Força Nacional ao Ministério da Justiça (Foto: Iryá Rodrigues/G1)
Em meio a uma nova onda de execuções, onde foram registrados nove homicídios em apenas três dias na capital acreana, Rio Branco, o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) pediu "socorro" ao Supremo Tribunal Federal (STF) para combater a guerra de facções rivais. A presidente do TJ-AC, Cezarinete Angelim, afirmou que solicitou ao Ministério da Justiça 200 homens da Força Nacional.
Para a desembargadora, a guerra de facções é uma questão nacional e no estado acreano, segundo ela, o poder judiciário tem uma "preocupação permanente". Segundo Cezarinete, a Justiça está junto com o Poder Executivo na tentativa de garantir segurança e tranquilidade para a sociedade acreana.
"A política de segurança tem que se estabelecer, porque sabemos que o grau que chegou se encontra insuportável. O judiciário fez um pedido ao Ministério da Justiça para que ele disponibilizasse 200 policiais da Força Nacional para o estado. Também, da mesma forma, pedi socorro ao Supremo Tribunal Federal. Fizemos gestões e continuamos fazendo no sentindo de minimizar essa situação que deixa todo mundo com sensação de insegurança e instabilidade", disse a desembargadora.
Guerra de facções
A Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) ligou a nova onda de execuções à briga de facções novamente. Para o secretário Emylson Farias, a disputa por território e briga entre facções rivais "nunca vão deixar de existir". Durante o final de semana, foram registradas quatro execuções na capital.

Farias afirmou que sempre que há uma situação como a dos últimos dias, o plano operacional da segurança pública é redirecionado e alinhado como estratégia para evitar mais crimes. Segundo o secretário, o policiamento já foi reforçado com a operação Papai Noel, deflagrada na última semana, que conta com o reforço de 248 policiais.
Mortes foram registradas na capital acreana entre sábado (3) e terça (6) (Foto: Divulgação/Polícia Civil, Arquivo de família e Reprodução/Rede Amazônica Acre)Rio Branco registra nove execuções em três dias (Foto: Divulgação/Polícia Civil, Arquivo de família e Reprodução/Rede Amazônica Acre)
Mortes na capital
A capital acreana vive dias de violência devido à uma guerra entre facções rivais. Desde o último sábado (3) até a noite de terça-feira (6), foram registrados nove casos de homicídio. Entre eles, três vítimas foram filmadas sendo decapitadas e esquartejadas. Os vídeos foram parar nas redes sociais.

As primeiras três mortes foram registradas no sábado. Na noite de domingo (4), o estudante Natanael Vitor Aguiar da Silva, de 16 anos, foi morto a tiros no Conjunto Esperança, em Rio Branco. Já na segunda (5), foi registrado um novo caso. Desta vez, o ajudante de pintor Carlos Henrique da Silva, de 22 anos, foi morto com cinco tiros, no bairro Cidade Nova. Na terça (6), o jovem Elissandro da Silva Afonso, de 20 anos, foi morto com um tiro na cabeça no bairro Alto Alegre.
Entre as vítimas que foram filmadas sendo decapitadas e esquartejadas, estão Gabriel Nunes da Silva, de 17 anos, Richard Rodrigues, de 16, e Lucas Dennedy Freire de Souza, de 20. O primeiro vídeo a circular nas redes sociais foi o da morte de Silva, na segunda (5), o corpo dele foi encontrado na madrugada desta terça-feira (6) no Ramal do Zezé, no bairro Belo Jardim II. Os outros corpos foram encontrados na tarde desta quarta (7), em um matagal na região do bairro Adalberto Aragão.
Rodrigues e Souza foram encontrados após a prisão de Joalison Nascimento, de 25 anos. Segundo a polícia, ele seria a pessoa que filmou as decapitações e levou os policiais até o local em que os corpos foram deixados. Além, dele a polícia prendeu outras três pessoas e apreendeu um menor na última segunda (5).

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