Polícia Militar responde sobre déficit de efetivo
Associação contabiliza déficit de 88% na tropa
Estudo aponta o déficit de tropas da Polícia Militar pelo Brasil. No Acre, segundo a associação que representa a categoria, a defasagem no efetivo é de 88%.
De acordo com estudo do Portal UOL, o déficit nacional de policiais militares é de cerca de 170 mil. O levantamento se baseia no que está previsto em lei estadual, onde fixa o número ideal de cada batalhão.
A conclusão é que 25 das 27 PM’s têm menos militares do que previsto na legislação. O Estado do Maranhão não aparece na relação, por que a assessoria do governo afirmou desconhecer lei que determine o efetivo ideal.
O Espírito Santo, apesar de viver o rescaldo da crise na segurança pública, é exceção no estudo. A tropa é formada por 10,4 mil policiais, enquanto a lei estadual prevê o efetivo de 9.424.
No Acre, atuam 2.518 policiais militares, enquanto a previsão em lei é de 4734. O déficit desses números é de 55%. Mas a Associação dos Militares do Estado afirma que a defasagem no efetivo é ainda maior, chegando a 88%.
O resultado, segundo o presidente da entidade, Joelson Dias, é severamente prejudicial tanto para a tropa que está nas ruas cobrindo a ausência de outros, quanto para a sociedade. “Na prática para os policiais militares representa o dobro da jornada de trabalho e é claro, representa também que algumas necessidades sociais deixarão de ser atendidas, uma vez que não existe um efetivo, é claro que não tem como haver o aumento de postos e policiais de prontidão pra atender a demanda da sociedade”, argumenta.
O comando da PM no estado reconhece a necessidade de reposição do efetivo. Enquanto isso, adequa o quadro, inclusive, com banco de horas.
“A polícia procura adequar seu efetivo, racionar o emprego da tropa de forma a atender todas as demandas da população, não desgastar o policial além de uma carga horária que seja aceitável e a gente vem conseguindo com apoio, participação e empenho dos policiais militares. O Banco de horas o policial militar no seu horário de folga é convidado voluntariamente a prestar serviço e pra cada grupo de seis horas trabalhadas é paga uma complementação no valor de 113 reais”, explicou o subcomandante.
Nos próximos seis anos no Acre, a expectativa é que 800 policiais militares saiam da ativa, por terem cumprido os 30 anos de carreira. Além do déficit, outra preocupação é com os concursos públicos, que não acompanham o número de aposentadorias.
No final do ano passado, o governo anunciou concurso público para a PM, com previsão de abertura de 250 vagas. De acordo com a associação dos militares, 10 vagas serão para músicos, 10 para o quadro de saúde e 230 para combatentes. O número para a associação, não cobre a necessidade de efetivo.
A contratação de mais 250 policiais não resolve, segundo o coronel Brandão, mas ameniza a situação. “Ele ameniza e atende uma expectativa dos comandantes de unidades pra atender as solicitações da nossa população. A previsão é pra primeira quinzena de março, o edital ser liberado pra iniciar as matrículas”, afirmou.
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