Governo publica edital com vagas para o Mais Médicos no Acre
Mais de 8,5 mil vagas serão distribuídas por 2.824 municípios e 34 distritos indígenas. Segundo edital poderá ser publicado na semana que vem para profissionais formados no exterior.
O
Ministério da Saúde publicou no "Diário Oficial da União" desta
terça-feira (20) o edital com cerca de 8,5 mil vagas para o programa Mais
Médicos. As vagas, abertas para substituir médicos cubanos, são para
profissionais brasileiros e estrangeiros que tenham registro no CRM do Brasil.
A publicação do novo edital faz parte
de uma medida emergencial do governo brasileiro após o anúncio da saída de Cuba do programa, na
semana passada. Nesta segunda-feira (19), o ministro da Saúde, Gilberto Occhi,
disse que presidente Michel Temer determinou que o país tenha o menor impacto
possível com a saída de médicos cubanos do programa.
Confira detalhes do edital:
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Serão 8.517 vagas;
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No primeiro edital, todas
as vagas serão ofertadas aos médicos (brasileiros e estrangeiros) com registro
no CRM do Brasil;
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As inscrições estarão abertas a
partir das 8h de 21 de novembro até as 23h59 de 25 de
novembro, e deverão ser feitas pelo site maismedicos.gov.br;
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No edital, é possível ver o número de
vagas por município (confira a lista aqui)
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No ato de inscrição, o
profissional escolherá o município disponível para a atuação;
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Os médicos devem inicar as atividades
nos municípios a partir de 3 de dezembro; a data-limite é 7
de dezembro;
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Se houver vagas remanescentes,
um segundo edital será lançado em 27 de novembro com
vagas para brasileiros formados no exterior e estrangeiros;
Para atuar no Mais Médicos, os profissionais sem CRM não
precisarão fazer o Revalida. Eles poderão fazer o Revalida caso queiram
exercer atividade também fora do programa
As 8.517 vagas estão distribuídas por 2.824 municípios e 34
distritos indígenas. O salário é de R$ 11.800,00.
O sistema de seleção, que estará
disponível a partir de quarta-feira (21) no site do programa, vai informar o
número de vagas por município, e fica com a vaga o profissional que se
inscrever primeiro.
“Se você tem cinco vagas, os cinco
primeiros ocuparão essas vagas e não ficará mais disponível a vaga para o seu
município. Então, haverá, sim, o limitador da vaga existente e aí nós faremos
isso, e o médico, na hora dele acessar, ele só vai poder acessar aonde tiver
vaga ainda disponível”, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Formados
no exterior
Na semana que vem
será publicado um novo edital, com as vagas que não foram preenchidas, desta
vez aberto também para médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior.
Segundo Occhi, os cubanos que quiserem ficar no país poderão participar.
"Na semana que vem, na
segunda-feira, publicaremos um segundo edital, em que esses mesmos médicos que
não fizeram sua opção pelo município poderão continuar a fazer, agora em
companhia de médicos brasileiros formados no exterior e médicos estrangeiros
formados no exterior. Todos os médicos, inclusive os cubanos, que poderão optar
por permanecer", disse Occhi.
O ministro também informou na
segunda-feira que vem fazendo reuniões com o ministro da Educação, Rossieli
Soares, para agilizar o Revalida, exame aplicado para médicos formados no
exterior que pretendem exercer a profissão no Brasil.
"Estamos numa reunião, eu e o
ministro da Educação, para que possamos encontrar uma forma mais rápida e
eficaz de um novo Revalida, para que médicos brasileiros formados no exterior
possam exercer com segurança sua profissão aqui no Brasil", completou.
O governo brasileiro disse que não
vai arcar com os custos da volta dos médicos cubanos porque considera que a
decisão unilateral de romper com o programa Mais Médicos foi do governo de
Cuba.
Saída dos cubanos
Na semana passada, o governo cubano anunciou que
deixaria o Mais Médicos e citou "referências diretas,
depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente
eleito Jair Bolsonaro em relação à presença dos médicos
cubanos no Brasil.
Com a saída dos profissionais cubanos
do Mais Médicos, cerca de 600 municípios
brasileiros podem ficar sem nenhum médico da rede pública a
partir do dia 25 de dezembro, segundo o Conselho Nacional de Secretarias
Municipais de Saúde (Conasems).
Atualmente, cerca de 8,2 mil
profissionais do país caribenho participam do Mais Médicos.
Na semana passada, Bolsonaro disse
que os profissionais cubanos que quisessem permanecer no país teriam
o asilo concedido.