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Empresas terão mais prazo para pagar parcelas do FNO

Desde a última segunda-feira (3), passaram a valer as novas regras para o crédito de capital de giro do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), pelo Banco da Amazônia. Agora, os empresários terão 6 meses para começar a pagar as parcelas que podem chegar até 36 meses. A medida também modifica o financiamento em longo prazo para investimentos, possibilitando que um terço do projeto seja voltado para o capital de giro.
(Foto: Irene Almeida/Diário do Pará)
A mudança se deu com a Portaria Interministerial nº 461, de 12 de novembro de 2018, publicada em Diário Oficial da União. De acordo com Luiz Lourenço, superintendente do Banco nos Estados do Pará e Amapá, antes o empresário que optava pelo crédito do capital de giro do FNO – também chamado de capital de giro isolado que é voltado para manter a empresa, comprar produtos, pagar fornecedores e salários – tinha até 18 meses para pagar as parcelas do financiamento e começava a quitação em 30 dias. Ou seja, sem carência.
“Isso deixou os empresários que dependem do dinheiro, como os setores do comércio, serviços e indústria, com maior dificuldade, pois o prazo era mais curto e o valor das parcelas maiores”, explica Lourenço. Com a nova Portaria, a medida retorna às regras anteriores a 2017. “Isso permite uma alavancagem das empresas e que elas tenham mais folga no pagamento”, acrescenta.
A Portaria também modifica o financiamento de longo prazo para um terço, que é aplicado aos projetos de investimentos. Antes, era permitido que o capital de giro chegasse até 35% do investimento, depois se reduziu para 25%. Neste caso, é investimento misto, que é giro agregado a investimento. “Há uma carência de 3 anos a 12 anos para pagar. Um investimento de R$ 10 milhões, por exemplo, R$ 3 milhões podem ser de giro. Uma tranquilidade grande para quem vai investir e montar um negócio”, detalha o superintendente do Banco.
Cerca de 50 mil empresas no Pará fazem uso do FNO. Elas são de diferentes portes e os juros aplicados variam de acordo com o município onde estão instaladas e o faturamento. Para Lourenço, as novas regras são benéficas aos empresários. Em 2019, o Banco da Amazônia terá o dobro de recursos para aplicar no Estado.
Este ano, foram cerca de R$ 1,45 bilhões no Pará, somente de FNO. E para o ano que vem, os recursos devem girar em torno de R$ 3 bilhões. “É uma oportunidade excelente para quem está chegando no mercado e para aqueles que querem colocar em dia os seus compromissos financeiros, com melhores prazos e com as menores taxas do mercado”, garante Luiz Lourenço. 
Com informações Dol.
jornalatribuna

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