Professores acampam em frente à Secretaria de Educação e fazem reivindicações ao governo do AC
Professores chegaram a fechar a rua de acesso, mas voltaram para dentro da secretaria.
Por Alcinete Gadelha, G1 AC — Rio Branco
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Os professores da rede estadual de ensino fizeram um ato, na
manhã desta segunda-feira (9), em frente à Secretaria de Educação, em Rio
Branco. Eles protestam contra a perda salarial, pedem incorporação do vale
alimentação e do pagamento do Valorização de Desempenho Profissional (VDP) ao
salário.
Além disso, eles ainda
protestam contra a demissão dos professores provisórios, que tem contrato de
dois anos e estão sendo demitidos.
"Querem dividir
esse valor [do reajuste] e não dá pra dividir. E mais outras coisas específicas
dos não concursados que retiraram do PCCR e não recebem mais os direitos. Os
professores provisórios com a equiparação da carga horária e salário e também
ocorrem essas demissões e a gente buscou dialogar com a secretaria que criasse
critérios pela classificação do concurso", disse Rosana Nascimento.
De acordo com a
assessoria de comunicação da Educação, representantes do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) e do Sindicato dos Professores da
Rede pública de Ensino do Estado do Acre (Sinproacre) e comissão financeira do
governo fizeram uma reunião de negociação sobre as reivindicações da categoria.
Após a reunião, ficou
acordado, segundo informou a presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, que uma
comissão vai ser avisada pelo governo para fazer o levantamento financeiro e
uma nova reunião deve acontecer no dia 17 de setembro.
"A
categoria esteve aqui acampada para que a gente possa avançar nas negociações.
Conseguimos montar um grupo para dialogar naquelas situações que não são
recursos e dia 17 para sentar e ver a parte mais orçamentária e ter um cenário
da lei de responsabilidade fiscal e ver o que vai avançar", disse Rosana.
Os
professores chegaram a fechar a rua de acesso, mas voltaram para dentro da
secretaria.
"Eles
querem dividir em três vezes [o reajuste de 12%]. Mas, a gente quer agora.
Queremos o nosso vale alimentação no valor de R$ 350 incorporado ao salário, e
também queremos incorporar a VDP para que ela seja dividida em 12 parcelas e
seja paga durante o ano", disse uma professora que não quis se
identificar.
A
professora disse ainda que esse dinheiro é referente a um repasse do Fundeb e
poucas pessoas recebem.
"A
gente tem que cumprir um monte de metas e se, a gente não cumprir, não recebe.
Então, também queremos a incorporação do nosso salário", disse.
Rescisões
A
assessoria de comunicação informou ainda que as demissões que estão ocorrendo
são por causa do concurso efetivo que está em andamento e os aprovados precisam
tomar posse.
"Então,
foram convocados agora 200 professores. Porém, conforme levantamento do setor
de Lotação, cerca de 60% dos convocados já estavam atuando como provisórios, ou
seja, estes estarão apenas sendo efetivados. Não é rescisão", explicou.
Além
disso, a educação informou que em dezembro haverá convocação de mais 335
professores do concurso efetivo.