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Estudantes acreanos estão na semifinal da Olimpíada de Língua Portuguesa

Concurso é uma iniciativa do Itaú Social em conjunto com o Ministério da Educação
Estudantes e professores de sete escolas acreanas estão em festa. Após vários meses de intenso trabalho e dedicação, eles tiveram as produções literárias selecionadas e agora vão concorrer à semifinal da Olimpíada de Língua Portuguesa (OLP) que acontece em São Paulo, a partir desta quarta, 23.
O concurso é uma iniciativa do Itaú Social em conjunto com o Ministério da Educação. O tema é “O lugar onde vivo”. A semifinal será dividida em cinco encontros, conforme as categorias Crônica, Memórias Literárias, Poema, Documentário e Artigo de Opinião. Durante os encontros, alunos e professores participarão de atividades culturais e formativas.
Entre os primeiros estudantes a embarcar está a jovem Ana Cláudia Maciel, da escola estadual Senador Adalberto Sena, com a crônica “A velhinha mais formosa”. “A minha crônica é sobre a gameleira. Ao longo do texto, eu a retrato como se fosse uma pessoa que me encantou. Saber que é a sua crônica, que você fez, que está ali entre os trabalhos de 500 alunos do Brasil, meu Deus, é muito bom, é demais”, celebra a estudante.
A professora Herlen Evangelista, que orientou a estudante durante os meses em que o programa foi desenvolvido nas escolas da rede estadual, conta que apesar das dificuldades, os estudantes da Adalberto Sena produziram belos trabalhos.
“Tivemos muitas produções boas. Trabalhei com eles, a gente revisou, tive aquele cuidado em falar ‘não, isso não está legal, vamos melhorar’ e deu tudo certo. No começo eles não acreditavam muito, ninguém acreditou, nem eu acreditava que a gente poderia chegar à semifinal, mas deu para conciliar com o conteúdo do bimestre e foi muito válido para o aprendizado dos alunos. Valeu muito a pena”, narra a professora.
Além da produção de Ana Cláudia, outra semifinalista da categoria é a crônica “O maior telefone público da cidade”, da estudante Caroline Silva da escola Charles Santos do município de Sena Madureira. O trabalho de orientação ficou por conta da professora Maria da Conceição Assis.
Na categoria documentário, a produção selecionada foi “Nordestinos no Acre”, dos estudantes Eloís Eduardo do Santos, Raele Brito e Thomaz Oliveira, da Escola Jovem Humberto Soares da Costa. A ideia do documentário foi inspirada na vida da avó de um dos estudantes do trio. A captação e edição das imagens foi toda feita pelo aparelho celular.
“É uma experiência muito legal porque nós vamos representar a nossa escola. Foi complicado produzir o documentário porque nós estudamos o dia todo e tem a questão do tempo. Tivemos que produzir muitas coisas no final de semana. Mas é gratificante participar dessa etapa. Não foi fácil fazer esse trabalho, mas valeu a pena”, afirma a voz feminina do grupo, Raele Brito.
A professora Ynaiara Moura, que acompanhou os estudantes durante a produção, explica que, ao todo, a escola produziu 23 vídeos. “Eles gostaram muito de trabalhar com o gênero, porque é novo, diferente dos outros. E por ter que usar o celular, eles ficaram ainda mais extasiados. Tivemos alunos que filmaram o ambiente escolar, outros foram para o parque Chico Mendes, a Gameleira. Eu falei para eles que no início nós éramos apenas Humberto Soares, que foi na fase escolar, e agora nós somos o Acre na olimpíada”, relembra a professora.
Já o artigo de opinião que representará o estado na OLP é “Tudo seria melhor se pudéssemos viver, a sobreviver” do estudante Gabriel Gomes, da escola José Ribamar Batista e que retrata a vida na comunidade onde o jovem mora. “Eu sempre gostei de escrever. E o que eu mais gosto é crônica. Agora, por conta da redação do Enem, eu também estou escrevendo dissertação. Eu publico minhas crônicas no Instagram, tenho a página voltada para futebol. Jornalismo esportivo é uma das áreas que pretendo seguir no futuro”.
As semifinalistas da categoria memórias literárias são as produções “O calor da saudade”, do aluno João Paulo de Oliveira da escola Presbiteriana de Cruzeiro do Sul, sob orientação da professora Gleice Bezerra e “Nazaré, menina mulher! Mãezaré!” da estudante Tamilly da Silva da unidade de ensino Nanzio Magalhães de Feijó. O educador que acompanhou Tamilly foi Sullivan Chaves. O poema que também é semifinalista é “Um dia na minha terra” da aluna Nicole Verçosa da escola Santa Clara de Xapuri. A orientação é da professora Bárbara Moreira.
Para o secretário de Educação, Mauro Sérgio Cruz, as produções apresentadas no concurso são fruto da dedicação dos professores de língua portuguesa da rede de ensino. “Nós estamos muito orgulhosos dos nossos alunos, sobretudo do trabalho dos nossos professores que não mediram esforços e se mostraram muito dedicados ao longo dos meses em que a olimpíada era desenvolvida nas escolas. Além disso, nossa equipe da secretaria acompanhou o programa com muito carinho, sempre buscando o melhor para a rede”, finaliza.

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