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Acre chega no fim de janeiro com 46 mortes

A capital acreana protagonizou mais episódios criminosos nessa quinta (30) e sexta-feira (31). De ontem para hoje, sete pessoas foram mortas em circunstâncias violentas: a tiros e facadas. Com estes casos, o número de mortes no Acre subiu para 46 em janeiro de 2020. Os últimos casos ocorreram nos bairros Mocinha Magalhães, Calafate, Belo Jardim, Santa Inês e na zona rural de Rio Branco.
Os ataques das organizações criminosas alcançam níveis alarmantes no estado. O primeiro caso de ontem aconteceu na rua Melancia, no bairro Mocinha Magalhães. O detento monitorado por tornozeleira eletrônica que estava foragido por quebrar o benefício, Thalisson Jordan Silva Fortes, de 19 anos, foi assassinado com seis tiros. O corpo do jovem foi encontrado na manhã desta quinta-feira (30) por populares numa área de mata.
Segundo testemunhas, Thalisson estava caminhando na rua quando membros de uma facção se aproximaram em um veículo e efetuaram oito tiros. Seis projéteis atingiram o jovem. Mesmo ferido, ainda conseguiu correr e caiu ao lado de um bueiro. Após a ação, os criminosos fugiram do local.
A segunda ocorrência aconteceu no final da tarde dessa quinta-feira. O assaltante Francisco das Chagas Viana Silva, de 20 anos, foi morto com um tiro na cabeça após trocar tiro com a polícia. O fato aconteceu no Ramal Ipê, na região do bairro Calafate, em Rio Branco.
De acordo com a polícia, Francisco e um comparsa, em posse de uma arma de fogo, abordaram uma pessoa na Estrada do Calafate e roubaram uma motocicleta. A Polícia Militar foi acionada e interceptou a dupla na moto. Foi feita uma perseguição e quando os criminosos perceberam que iam ser abordados pelo policiais, abandonaram a motocicleta e entraram em uma área de mata.
No acompanhamento, Francisco, com uma arma de pressão adaptada para calibre 22, efetuou um tiro contra os policiais, que revidaram com um tiro que o atingiu no rosto. O projétil saiu no pescoço do bandido. O comparsa de Viana fugiu do local.
Já o terceiro homicídio vitimou o pintor Francisco Érico Rodrigues Barroso, de 44 anos. Ele foi morto a golpes de faca e um tiro na cabeça na noite desta quinta-feira (30). O crime aconteceu em uma residência no Ramal da Zezé, travessa Gonzaga, no bairro Belo Jardim, em Rio Branco.
A polícia informou que Francisco estava em casa quando dois homens chegaram em uma motocicleta, pararam em frente a residência, quebraram a porta e invadiram a casa. A vítima foi rendida, torturada e os criminosos em posse de uma faca desferiram oito golpes nas costas de Francisco, em seguida, um dos membros da facção efetuou um tiro na cabeça dele. Após a ação os criminosos fugiram do local.
Na zona rural de Rio Branco, foi registrado um crime bárbaro. Membros de uma organização criminosa sequestraram três pessoas, torturaram e executaram a tiros os dois homens Janilton Fonseca e Amós da Silva. O crime ocorreu pela noite, na BR-317, na Estrada de Boca do Acre, na Baixa Verde, na zona rural de Rio Branco.
Ao ac24horas, a polícia afirmou que Janilton, Amós e sua avó decidiram passar alguns dias na casa de parentes na BR-317, na Baixa Verde. Durante o dia, membros de facção os abordaram e perguntaram se os homens pertenciam a alguma organização criminosa onde moravam e saíram do local. Ao anoitecer, seis criminosos voltaram até a residência e encontraram as duas vítimas com a sua avó aguardando o ônibus as margens da BR-317 para retornar a Rio Branco.
Os faccionários renderam as três pessoas os levaram para uma casa, deixaram a idosa sendo monitorada por um membro da facção em uma varanda, e em seguida, no quintal da casa começaram a desferir vários golpes de foice e faca em Janilton e Amós. Por fim, os criminosos efetuaram vários tiros na cabeça dos dois homens.
A idosa não foi ferida na ação dos criminosos e após liberada pediu ajuda a moradores que acionaram a Polícia Militar. O local foi isolado e em seguida a PM fez rondas na região em busca prender os autores dos crimes, mas ninguém foi encontrado.
Já na madrugada desta sexta-feira, 31, dois homens não identificados foram executados a tiros. Os crimes ocorreram em um beco na Travessa São Bento, no bairro Santa Inês. As vítimas foram encontradas por populares ao lado de uma ponte de madeira. Segundo informações da polícia, os dois homens estavam com perfurações de tiros na cabeça e nas costas.
A Polícia Militar foi acionada e isolou a área para os trabalhos do perito em criminalística. Todos os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavéricos. Os casos seguem sob investigação dos Agentes de Polícia Civil da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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