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Iapen confirma primeiro preso com Covid-19 em Cruzeiro do Sul e outros sete estão sendo monitorados

Preso de 28 anos testou positivo para doença nessa segunda-feira (1). Sete detentos que estão isolados em monitoramento estavam com ele na mesma cela


Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

Iapen confirma primeiro preso com Covid-19 em Cruzeiro do Sul e outros sete estão sendo monitorados — Foto: Mazinho Rogério/G1

O Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) confirmou, nesta terça-feira (2), o primeiro caso de Covid-19 entre detentos do presídio Manoel Neri da Silva, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. O resultado do exame do preso de 28 anos que testou positivo para doença, segundo o órgão, ficou pronto nessa segunda (1).

Outros sete presos que estavam com o detento na mesma cela estão isolados e em monitoramento pela equipe de saúde da unidade prisional. Segundo o Iapen, os sete ainda não chegaram a fazer exame, porque não apresentaram sintomas da doença.

O preso que testou positivo para Covid-19 cumpre mais de 26 anos de pena, em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Ainda segundo o Iapen, ele estava na cela 314 e agora está na cela 221 em isolamento.

Além disso, a unidade penitenciária de Cruzeiro do Sul tem nove servidores com diagnóstico confirmado para Covid-19, sendo oito policiais penais e um servidor administrativo. Um caso segue em análise e dois foram descartados. Dos casos confirmados, segundo o Iapen, dois são considerados curados.

Denúncias de irregularidades

G1 teve acesso a uma denúncia que aponta que a direção da unidade não tem seguido os protocolos de segurança. De acordo com os servidores, que não querem se identificar, outros policiais que tiveram contato com casos positivos não foram devidamente afastados.

 

Além disso, um dos policiais diagnosticados com a doença teria informado à direção sobre os sintomas, mas continuou trabalhando até receber o resultado, que deu positivo para a doença no dia 21 de maio.

A higienização também não estaria sendo feita dentro da unidade e há relatos de que faltam equipamentos de proteção individual.

Em reportagem publicada no dia 21 de maio, o presidente do Iapen, Arlenilson Cunha, disse que estranhava as denúncias e alegou que iria apurar o que tem motivado essa conduta.

A higienização nos pavilhões da unidade ocorre, segundo o Iapen, duas vezes ao dia, sendo uma de manhã e outra à tarde. Além disso, a gestão garante que duas vezes por semana faz uma limpeza geral nos pavilhões. Os servidores que denunciaram contestam.

Casos de Covid-19 no presídio

·         Situação dos servidores

O Iapen informou que, até esta segunda-feira (1), 178 casos da doença foram confirmados entre servidores, sendo 169 em policiais penais e nove servidores administrativos.

Os casos entre os servidores estão concentrados no Francisco de Oliveira Conde; presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro; unidade feminina, em Rio Branco. Já no interior, há casos de servidores infectados na unidade de Senador Guiomard; Cruzeiro do Sul e Sena Madureira.

Porém, o Iapen alega que dos 178 casos confirmados, 96 já estão de alta e 58 já voltaram às atividades. O grupo de risco é de 108 servidores, que seguem afastados. Somando o grupo de risco, os casos confirmados que não tiveram alta e o casos suspeitos, o Iapen totaliza 253 afastamentos.

·         Situação dos presos

Já na população carcerária, os casos confirmados da doença até o boletim de segunda estão em cinco unidades e outro é de preso monitorado, somando assim 18 casos confirmados e uma morte na unidade de Senador Guiomard.

O caso do preso de Cruzeiro do Sul ainda não foi contabilizado no boletim. Os casos registrados no boletim são:

 

·         Seis no FOC;

·         Três na Unidade de Regime Fechado 2 Antônio Amaro Alves;

·         Seis na unidade de Senador Guiomard;

·         Um monitorado por tornozeleira;

·         Dois na Unidade de Regime Fechado 3, antiga Papudinha.

O Iapen informou ainda que seis presos aguardam os exames. Dez detentos já podem ser considerados curados da doença. Ao todo, são 347 presos que fazem parte do grupo de risco.

 


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