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JV diz que impeachment de Bolsonaro depende do STF e TSE

O ex-senador do Acre, Jorge Viana, foi entrevistado nesta segunda-feira, 1, pelo ex-candidato à presidência da república, Fernando Haddad, ambos do (PT).

No Painel Haddad, Jorge Viana falou da crise sanitária do país, especialmente na região Norte e destacou a importância da Amazônia. Ele citou o grave momento que o país enfrenta a crise social, econômica e institucional.

O petista criticou as declarações do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de “passar a boiada” e se disse assustado com a postura dos generais e do vice-presidente, Hamilton Mourão, que ficaram calados durante a fala de Salles.

“Aquela reunião ministerial foi uma vergonha. Eu fico preocupado é o que aqueles generais estavam fazendo ali. O próprio vice-presidente que preside o Conselho da Amazônia ficou calado diante daquela barbaridade e o Ministro parece que veio para destruir tudo que construímos na área do Meio Ambiente. Aquela fala de ‘passar a boiada’ é um crime. Mas o que mais me preocupou foi a postura dos generais e do vice-presidente da república. Eles estão destruindo tudo que os governos fizeram e, com isso, estão auto excluindo o Brasil de negócios com o mundo”, afirmou.

Jorge falou que a Região Norte vem enfrentando dificuldades em relação ao combate à Covid-19. “No Acre, temos mais de 6 mil casos e 148 óbitos. Nós temos dados que existem mais de 1, 5 mil indígenas infectados na Amazônia. Aqui no Acre, registramos a morte do primeiro indígena devido ao Covid-19. É lamentável”, afirmou.

O petista afirmou que o presidente Jair Bolsonaro tem levado o país a uma crise institucional, social e econômica.

“A irresponsabilidade do presidente é sem tamanho. A gente vê todo o final de semana ele criando tumultos, andado a cavalo, isso é um crime. Nós estamos em uma pandemia. Estamos há 20 dias sem Ministro da Saúde. Não é possível! Estou muito triste com o meu país e estou envergonhado com as autoridades que lamentável foram levadas assumir a direção do país. Além disso, nos deparamos com uma crise humanitária, com a pandemia e a crise social e econômica que irá vir com toda a força. Todo o setor produtivo está se desmontando, exceto a agropecuária, e a gente tendo como pessoa alguém que não quer liderar, é terrível isso”, afirmou.

Jorge criticou a fala de Guedes em relação às pequenas e médias empresas e afirmou que a crise da Covid-19 irá mostrar que será necessário aumento de gastos públicos para reconstruir a economia do país.

“Aquela fala dele foi uma vergonha. Dizendo que com os pequenos empresários e produtores se perdem dinheiro, são esses que mantêm a nossa economia. Não é possível que a gente continue falando aquele linguajar e o presidente ainda terceiriza a economia. O povo brasileiro tem que acordar e entender que era um povo admirado pelo mundo inteiro, que é um povo bacana, mas que agora parece que tá colocando pra fora tudo de pior”, afirmou.

No fim, Jorge disse que Bolsonaro não tem forças para continuar no cargo, mas afirmou que a oposição ainda não tem a força para destituí-lo.

“Estamos dependendo do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que agora tem vários processos, mas acho que isso não vai terminar bem. O prejuízo que o país vai ter em tentar suportar o governo do Bolsonaro até a próxima eleição é maior do que tentar um entendimento de fazer uma solução para fazer o que estabelece a Constituição e a Lei”, afirmou.

ac24horas

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