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Explosão de celulares provocou incêndio que destruiu ônibus no Acre, diz laudo

Ônibus da empresa Petroacre fazia o trajeto entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco quando pegou fogo, no dia 22 de setembro. Laudo descarta problemas mecânicos.

Por Alcinete Gadelha, G1 AC — Rio Branco

 Um laudo, divulgado nesta segunda-feira (28), aponta que o incêndio da ônibus da Petroacre, na BR-364, em Sena Madureira, no interior do Acre, pode ter ocorrido por causa da explosão de baterias de celulares que estavam em uma mala no compartimento de bagagens do veículo.

O ônibus da empresa fazia o trajeto entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco, quando pegou fogo, no dia 22 de setembro. Imagens mostraram que o veículo foi totalmente consumido pelo fogo.

O ônibus saiu de Cruzeiro do Sul às 19 horas do dia 21 de setembro e incendiou por volta de 3 horas da madrugada do dia 22. Ninguém ficou ferido.

“Após ter ciência de todo o exposto, concluo que o fato ocorrido se trata de um acidente incomum, cuja origem mais provável foi a de uma explosão de uma ou mais baterias de celulares que estavam envolvidas em material seco de fácil combustão – roupas e tecido de malas”, informa o laudo.

O documento diz que não é possível afirmar exatamente a origem do incêndio, mas, há a probabilidade de que tenha sido esta a causa.

Além disso, o laudo ainda descarta a possibilidade de o fogo ter começado por problemas mecânicos.

“Portanto, visto que a bagagem não pode ser vistoriada em sua totalidade no momento do embarque, e detectada esta possibilidade de vir a ser a origem do incêndio, afirmo esta ser a mais provável, descartando, assim, a hipótese de a pane ocorrer por condições de manutenção ou conservação do veículo”, pontuou.

Medidas

O diretor-geral da empresa, Marcelo Alves Cavalcante, disse que este é um fato novo em todas as operações da empresa e que eles buscam métodos para tentar conscientizar passageiros que o transporte de certos produtos pode ser perigoso e deve ser evitado.

“A gente está tentando buscar diante dessa ocorrência basear em ações que dão certo, principalmente na questão da aviação civil no mundo e no Brasil, de conscientizar os usuários que transportar alguns produtos pode ser perigoso de fato. Claro que a gente não pode comparar o sistema rodoviário com o sistema aéreo. A gente não tem nas rodoviárias uma estrutura de raio-X, todas essas tecnologias que podem ser utilizadas para verificação de bagagens, haja vista, também que são modelos diferentes de operações”, pontuou.

Além disso, o gerente informou que devem ser tomadas outras medidas para evitar que esse tipo de situação volte a acontecer.

“Nós tivemos apenas o prejuízo financeiro do ônibus, um prejuízo de imagem muito grande e tivemos um risco de acontecer uma fatalidade muito grande que é o pior. Mas, graças a Deus, nesse caso, a gente não teve. Então, o que a Petroacre vai buscar nos próximos dias, com toda equipe técnica, com toda experiência que a gente tem, junto até mesmo à Ageac uma campanha sobre o risco de transporte de determinados equipamentos, ou peças”, concluiu.

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