Apenas 9,2 mil crianças foram vacinadas contra a paralisia infantil no Acre este ano
No Brasil, cerca de 7 milhões de crianças ainda não
foram vacinadas contra a paralisia infantil. Até o momento, da população-alvo
estimada de 11,2 milhões, somente 4 milhões (20,31%) foram vacinadas contra a
poliomielite.
No estado do Acre, foram vacinadas, até o momento, cerca de 9,2 mil
crianças contra a pólio, o que corresponde a apenas 14,4% do público-alvo, que
é de 64,1 mil crianças de 1 a menores de 5 anos de idade em todo o estado.
Com o conceito ‘Movimento Vacina Brasil. É mais proteção para todos’, a
ação teve início em 5 de outubro e se encerra no final do mês, simultaneamente
à campanha de multivacinação, que visa atualizar a situação vacinal de crianças
e adolescentes menores de 15 anos.
Nesta última são ofertadas todas as vacinas do calendário nacional de
vacinação. A recomendação aos estados que não atingirem a meta é continuar com
a vacinação de rotina, oferecida durante todo o ano nos 42 mil postos de saúde
distribuídos pelo país.
“O Brasil reafirma o compromisso internacional assumido de manter o país
livre da poliomielite, com a realização da Campanha Nacional de Vacinação, que
vai até o final de outubro. No entanto, as coberturas vacinais municipais ainda
são heterogêneas, podendo levar a formação de bolsões de pessoas não vacinadas,
possibilitando a reintrodução do poliovírus”, disse o secretário de Vigilância
em Saúde, Arnaldo Medeiros.
Para ter o esquema vacinal completo é preciso que as crianças sejam
imunizadas com quatro doses, administradas aos dois e quatro e seis meses de
idade e mais dois reforços, aos 15 meses e aos quatro anos. Depois disso, a
criança deve comparecer aos postos de saúde para tomar a dose de campanha
anualmente, até completar cinco anos de idade.
A vacina é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe,
coriza, rinite ou diarreia. Para crianças com infecções agudas, com febre acima
de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da
Saúde recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a vacina deve
ser aplicada. A vacina é extremamente segura e possui eficácia de imunização
entre 90% e 95%.
POLIOMIELITE
O Brasil está livre da poliomielite desde 1990 e, em 1994, o país
recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a Certificação de Área
Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território.
Entretanto, ainda existem países endêmicos detectando casos da doença,
Paquistão e Afeganistão, que registraram, em 2020 (até 20/10) um total de 132
casos de poliomielite. Por isso, a vacinação é fundamental para que casos de
paralisia infantil não voltem a ser registrados no Brasil.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos
casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias lesões
que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente
nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá,
principalmente, por via oral.
O Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde
(SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas
recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Atualmente, são disponibilizadas pela rede pública de saúde de todo o
país 18 vacinas para crianças e adolescentes no Calendário Nacional de
Vacinação, para combater mais de 20 doenças, em diversas faixas etárias.
Com informações do Ministério da Saúde.