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CUT pede fim do imposto sindical e realiza plebiscito

A CUT está encabeçando um plebiscito nacional sobre o fim do imposto sindical que é cobrado dos trabalhadores uma vez por ano. O valor é descontado no mês de março e equivale a um dia de trabalho.
Os trabalhadores podem participar da consulta até o dia 13, próxima sexta-feira, das 8 às 17 horas. As urnas serão colocadas em vários pontos da capital: OCA, Terminal urbano, Palácio das secretarias, Secretaria de educação, Fundhacre e Aleac. No interior as urnas estarão disponíveis nos sindicatos.

Segundo a presidente da CUT no Acre, Rosana Nascimento, a Central acredita que com o fim do imposto, o trabalhador vai ter maior liberdade e autonomia sindical e vai impedir o oportunismo. “Hoje o imposto sindical não tem servido ao sindicalismo. Tem beneficiado muitas pessoas no país que fundam sindicatos somente para arrecadar o dinheiro dos trabalhadores, a exemplo de um líder sindical que comprou uma vaca de R$ 120 mil reais com dinheiro do sindicato”.

Cerca de 43 milhões de brasileiros com carteira assinada tiveram no mês de março a doce lembrança do imposto. É que a contribuição sindical é cobrada uma vez por ano, e equivale a um dia de trabalho, independente de o trabalhador ser sindicalizado ou não. Para a maioria dos contribuintes, o imposto é uma carga a mais, num país onde os tributos pesam no orçamento familiar.

O imposto sindical foi criado em 1940 pelo presidente Getúlio Vargas. Depois mudou de nome e tornou-se contribuição sindical, mas permaneceu com o mesmo propósito: financiar as entidades trabalhistas. Só em 2010, a contribuição sindical recolheu mais de 1 bilhão de reais, e todos os anos os trabalhadores fazem a mesma pergunta: para onde vai tanto dinheiro?

Do total recolhido, 60% é distribuído aos sindicatos, 15% às federações, 10% às 6 maiores centrais trabalhistas, 10% ao governo e 5% às confederações. Em 2011, dentre as centrais, a CUT, que representa quase 40% dos trabalhadores sindicalizados, ficou com a maior fatia do bolo: R$ 35 milhões.

A proposta da CUT é que a contribuição compulsória seja substituída pela negocial, onde os trabalhadores definem o quanto pagar avaliando se o sindicato com o qual contribuem está, de fato, exercendo seu papel de representante sindical da categoria. “A taxa negocial garante que o dinheiro do trabalhador vai ser investido naquela categoria realmente”, defende Nascimento.

 Concluído o plebiscito, a CUT começará, já durante as atividades pelo 1º de maio, a coletar assinaturas para o projeto de lei de iniciativa popular que visa ratificar a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre liberdade sindical. A campanha vai até 2013.

 http://www.agazeta.net/manchetes/mpolitica/10088-cut-pede-fim-do-imposto-sindical-e-realiza-plebiscito.html

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