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Banco da Amazonia adere ao movimento de greve dos bancários por salário e condições de trabalho

Os bancários de bancos públicos e privados de todo o país entram em greve nacional a partir desta terça-feira 30, por tempo indeterminado. Por orientação do Comando Nacional, coordenado pela Contraf-CUT, a decisão foi tomada pelas assembleias realizadas pelos sindicatos nesta segunda-feira à noite, que ratificaram as decisões das assembleias do dia 25 e rejeitaram a nova proposta apresentada no sábado 27 pela Fenaban, elevando o índice de reajuste de 7% para 7,35% (0,94% de aumento real) para os salários e demais verbas salariais e de 7,5% para 8% (1,55% acima da inflação).
"Além de o índice de reajuste não atender a expectativa dos bancários, a proposta não contempla as reivindicações não econômicas, que para nós são imprescindíveis, como garantia de emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, segurança bancária e igualdade de oportunidades. Queremos mais dos bancos, que têm aqui a mais alta rentabilidade de todo o sistema financeiro internacional", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. 

Somente os seis maiores bancos (Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Santander e HSBC), que somados detêm mais de 85% dos ativos do sistema financeiro e empregam mais de 90% dos bancários, tiveram lucro líquido de R$ 56,7 bilhões em 2013 e mais R$ 28,5 bilhões no primeiro semestre deste ano.

"Para conseguir esses lucros estratosféricos, os bancos estão fazendo demissões e usando a rotatividade para reduzir a média salarial da categoria e submetendo os bancários a uma crescente pressão por cumprimento de metas abusivas, que levam com frequência à prática do assédio moral", destaca Carlos Cordeiro. Em razão disso, 18,6 mil bancários doentes foram afastados do trabalho pelo INSS em 2013 (aumento de 41% em relação aos últimos cinco anos), mais da metade dos quais com diagnóstico de transtornos mentais e do sistema nervoso - doenças que cresceram 64,3% desde 2008.


Após o resultado das assembleias dos sindicatos, que representam a grande maioria dos bancários de todo o país, a Contraf-CUT enviou ofício para a Fenaban, comunicando a rejeição da nova proposta dos bancos e a ratificação da decisão das assembleias do dia 25 de greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira. "Queremos registrar também que continuamos à disposição da comissão dos bancos para a retomada das negociações visando buscar uma nova proposta que atenda às expectativas da categoria bancária", afirma o documento.


O Comando Nacional é formado pela Contraf-CUT, dez federações e 134 sindicatos de bancários de todo o país, que representam mais de 90% dos 511 mil trabalhadores de bancos públicos e privados. Um balanço do primeiro dia de greve será divulgado no final da tarde desta terça-feira, com base nas informações que serão enviadas pelos sindicatos para a Contraf-CUT.


AS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS


Reajuste salarial de 12,5%.


Piso Salarial de R$ 2.979,25


PLR: três salários mais parcela adicional de R$ 6.247.


14º salário.


Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 724,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).


Gratificação de caixa: R$ 1.042,74.


Gratificação de função: 70% do salário do cargo efetivo.


Vale-cultura: R$ 112,50 para todos.


Fim das metas abusivas.


Combate ao assédio moral.

Isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde.


Manutenção dos planos de saúde na aposentadoria.


Emprego: fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas como determina a Convenção 158 da OIT, aumento da inclusão bancária e combate às terceirizações.


Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.


Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: cumprimento da Lei 7.102/83 que exige plano de segurança em agências e PABs, garantindo pelo menos dois vigilantes durante todo o horário de funcionamento dos bancos; instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento das agências; biombos em frente aos caixas e fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários. 


Igualdade de oportunidades para todos, pondo fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs). 


A PROPOSTA DOS BANCOS REJEITADA PELOS BANCÁRIOS


Reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real).


Piso portaria após 90 dias - 1.240,89 (8% ou 1,55% de aumento real).


Piso escritório após 90 dias - R$ 1.779,97 (1,55% acima da inflação).

Piso caixa/tesouraria após 90 dias - R$ 2.403,60 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando 1,39% de aumento real).



PLR regra básica - 90% do salário mais R$ 1.818,51, limitado a R$ 9.755,42. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.461,91.


PLR parcela adicional - 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.637,02.


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Antecipação da PLR


Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015. 


Regra básica - 54% do salário mais fixo de R$ 1.091,11, limitado a R$ 5.853,25 e ao teto de 12,8% do lucro líquido - o que ocorrer primeiro.


Parcela adicional - 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.818,51.

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Auxílio-refeição - R$ 24,88.


Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta - R$ 426,60.

Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) - R$ 355,02.


Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) - R$ 303,70.


Gratificação de compensador de cheques - R$ 137,97.



Requalificação profissional - R$ 1.214,00.


Auxílio-funeral - R$ 814,57.


Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto - R$ 121.468,95.


Ajuda deslocamento noturno - R$ 85,03.

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