No Ac, rentista é atingido por linha com cerol e leva 8 pontos no pescoço
Homem conseguiu dirigir até o Pronto-Socorro de Cruzeiro do Sul.
'Poderia ter perdido a minha vida', diz vítima.
O frentista Maicon Oliveira, de 21 anos, levou oito pontos no pescoço após ter sido atingido por uma linha com cerol, mistura de cola com pó de vidro usado em linhas de pipa. Ele conta que com uma das mãos conseguiu estancar o sangue e dirigir até o Pronto-Socorro de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, onde foi atendido. O caso aconteceu no último domingo (26), na Avenida Coronel Mâncio Lima, uma das principais da cidade.
Oliveira disse que agiu por instinto e conseguiu quebrar a linha logo que foi atingido, caso contrário, ele acredita que o ferimento poderia ter sido maior. “Esse tipo de coisa acontece quando menos você espera. Se eu não tivesse quebrado a linha poderia ter perdido minha vida. Não senti dor, somente um ardor, quando passei a mão vi o sangue e percebi que tinha sido cortado. Agradeço a Deus por ter saído com vida”, conta.
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A prática de soltar pipas é comum no período de férias escolares. Vítima do cerol, ele cobra mais fiscalização pelas autoridades competentes.
"Não sou contra quem solta pipa, mas passar cerol não é sadio, pode tirar vidas. O local onde me acidentei é um ponto turístico da cidade. Acho que as autoridades precisam ter mais atenção e coibir essa prática”, diz.
Uma lei municipal de 2004 proíbe o uso e venda de cerol em Cruzeiro do Sul. O comandante da Polícia Militar em Cruzeiro do Sul, major Lázaro Moura, diz que possui equipes nas ruas tentando reprimir essa prática.
“Nosso efetivo no dia a dia tem coibido, abordado e recolhido algumas pipas, mas é preciso que seja feita divulgação da lei. Vamos contatar autoridades para que um trabalho educativo seja desenvolvido para reprimir o uso de cerol”, destaca.
