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Veja os 3 maiores preconceitos inconscientes na hora da contratação

Contratar profissionais semelhantes a si próprio é uma prática muito comum.
Recrutadores também evitam quem pode ser mais competentes do que eles.

Do G1, em São Paulo
Em um mundo ideal, um entrevistador deve avaliar o candidato a emprego com base exclusivamente em suas qualificações profissionais. Mas, na realidade, outros fatores entram em jogo: de onde o profissional é, qual seu esporte ou time favoritos.
Crise lota agências de emprego da RMC (Foto: Reprodução/EPTV)
Candidatos buscam emprego em agências da
região de Campinas (SP) (Foto: Reprodução/EPTV)
Para a maioria, isso acontece de forma insconsciente, portanto os recrutadores não sabem que pequenas coisas estão influenciando suas escolhas, segundo artigo publicado no World Economic Forum.
Madan Pillutla, Ph.D. e professor de comportamento organizacional na London Business School, onde estuda confiança e justiça nas relações interpessoais, listou os três maiores preconceitos inconscientes em decisões de contratação.
1) Nós gravitamos em torno de pessoas que são semelhantes a nós
De acordo com a hipóstese de similaridade e atração, as pessoas tendem a gostar de quem é parecido com elas, mesmo que isso signifique que eles sejam do mesmo estado, gostem do mesmo esporte ou tenham o mesmo corte de cabelo.

Segundo Pillutla, uma forma de explicar este fenônemo está no fato de que as pessoas que têm um alto nível de auto-estima estão satifeitos com a sua personalidade. Portanto, quando elas veem suas qualidades refletidas em alguém, tendem a gostar dessa pessoa.
Outra possível explicação, um pouco mais difícil de testar, é que as pessoas gostam de quem se parece ou age da mesma foram que eles. Em um ponto na história da humanidade era importante confirar apenas em pessoas do seu pequeno grupo social. Mesmo que esse comportamento não seja mais necessário hoej em dia, ainda podemos agir como se fosse assim.
"Se a pessoas continuar contratando pessoas como ela, muito em breve terá uma organização com pessoas que pensam da mesma forma e agem de forma semelhante", ressalta Pillutla. Enquanto pesquisas sugerem que a diversidade de origens e perspectivas é imporntate para ter uma empresa de sucesso.
2) Nós baseamos nossas decisões em estereótipos sobre as competências das pessoas
Segundo Pillutla, um exemplo comum de esterótipo é que os americanos tendem a assumir que os indianos que vêm para os Estados Unidos são hábeis em matemática. Assim, a contratação de gerentes americados pode estar inclinada a escolha de um candidato da Índia, pois os recrutadores acham que ele vai se sobressair nesse papel, mesmo que existem outros candidatos mais qualificados para a vaga.

Enquanto preconceitos étnicos são mais fácil de serem deixados de lado, os estereótipos de gênero tendem a ser mais difíceis de reverter, aponta Pillutla.
Um estudo recente descobriu que os recrutadores estavam mais propensos a contratar um candidato do sexo masculino do que uma candidata do sexo feminino para realizar uma tarefa de matemática, mesmo quando souberem que eles iriam desempenhar a tarefa igualmente bem.
3) Nós somos cautelosos com qualquer um que possa ameaçar nossa posição
Em uma organização com uma cultura altamente competitiva, os gerentes podem não ser inclinados a trazer alguém mais competente do que eles, especialmente se eles se sentem inseguros no seu papel.

"Mesmo que as pessoas sejam bem intencionadas é muito difícil agir contra seu próprio interesse, contratando alguém que poderia super você", aponta Pillutla.
Em termos de mudança nas contratações, Pillutla ressalta que algumas orquestras estão fazendo testes cegos, em que os músicos tocam atrás de uma tela, de modo que os recrutadores não sabem qual é a aparência do candidato. Como resultado, eles acabaram aceitando mais mulheres.
De fato, algumas empresas em outros campos já adotaram estratégia de contratação semelhantes. Em vez de entrevistas, os empregadores poderiam trazer os candidatos para trabalhar por um dia, como um teste, para saber o que eles realmente podem executar. Esta é uma extratégia potencialmente mais objetiva que poderia reduzir os preconceitos que influenciam as decisões.

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