Após noite violenta, Acre registra 130 execuções em 3 meses; armas usadas nos crimes são de uso restrito de militares
A noite de quarta-feira (29) foi uma das mais violentas já vividas no Acre. Em menos de 24 horas mais cinco pessoas foram executadas na capital Rio Branco e a lista de mortes teve um acréscimo considerável. Do início deste ano até hoje, dia 30 de março, pelo menos 130 homicídios ocorreram no estado.
Segundo a polícia, a maioria dos crimes estão relacionados com a guerra entre as facções criminosas que atuam dentro e fora das penitenciárias. Na manhã desta quinta-feira o delegado Rêmulo Diniz, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), falou durante uma entrevista coletiva que as últimas quatro mortes foram cometidas com armas de uso restrito das forças armadas.
“Os crimes foram com requintes de execução e com a utilização de armas de uso restrito. Em todos os locais, isso por uma coincidência, foram colhidas cápsulas de calibres de uso restrito e nós vamos encaminhar para a perícia para que seja feita a comparação balística com as apreensões de armas e prisões que forem feitas no decorrer dos próximos dias”, disse.
Eladio Delmétrio Lopes, 49 anos, Francisco Wellington da Silva, 28 anos, Erigrisson Souza Picolo, 27 anos, e Eduardo Henrique Cavalcante, 16 anos, foram mortos na noite de ontem, os dois últimos no bairro Triângulo Novo, região do 2º distrito da cidade. Até o momento ninguém chegou a ser preso por participação nos crimes e a Polícia Civil segue investigando.
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