Com mais um aumento no preço do gás, família recorre a fogão à brasa para economizar
Economista diz que população perde o podem de compra com constantes aumentos. Botija pode chegar a mais de R$ 78 em Rio Branco.
Por Mariana Areias, Jornal do Acre 2º Edição, Rio Branco
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2017/o/g/z0bqrJSKKzNkmckdVeUw/gas.jpg)
Quem é que não gosta daquela comida quentinha saindo do
fogão? Na casa da Mari Sâmia todo dia tem almoço fresquinho, mas, manter isso
está cada vez mais difícil numa casa cheia. Isso porque comprar gás de cozinha
entrou na lista de dificuldades das famílias em Rio Branco.
“Já bem antes do aumento, o que já
era caro, agora ficou mais caro ainda. Às vezes, a gente usa o fogareiro, que é
um recurso mais econômico. Algumas refeições demoram mais no tempo de
cozimento, tipo o feijão, caldo, algumas coisas assim”, explica.
O gás de cozinha também foi um item
que pesou no bolso dos acreanos este ano. De novembro a dezembro, houve um
aumento de R$ 11, de acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e
Biocombustíveis (ANP).
Esta semana, a Petrobras reajustou
em 8,9% o preço do produto. Se o aumento for repassado integralmente ao
consumidor, este valor de R$ 76 da botija de 13 kg vai para R$ 78,53.
Além do reajuste do gás de cozinha,
a energia elétrica sofreu aumento de 2,57% e, desde novembro, as faturas das
famílias no Acre ficaram 2,57% mais caras, segundo a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel).
A gasolina também é a mais cara do
país e, agora, manter as motos, também não tem sido tarefa fácil.
“Sempre usei moto por ser mais
rápida, mas, em compensação a gasolina está pesando muito no final do mês no
orçamento. Tem que apertar de um lado, apertar do outro e apertar o cinto, como
dizem. Porque se não, a gente não consegue”, diz o vendedor Francisco de Assis.
O economista Carlos Estevão destaca
que esses constantes aumentos acabam prejudicando e economia do país.
“O que se observa é que, não só no
Acre, como no Brasil todo, é que os preços de alguns produtos estão sim
aumentando e o resultado disso é que as pessoas, principalmente os mais pobres,
perdem o poder de compra. Toda vez que o preço de um produto aumenta, se o teu
salário não aumenta na mesma proporção, você vai perder poder de compra. Isso
exige uma atenção maior, das pessoas, dos consumidores, dos chefes de família
no controle de suas finanças pessoais”, finaliza.