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Três facções criminosas disputam a rota do tráfico no estado

Três facções criminosas, ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital), o Comando Vermelho (CV) e ao Bonde dos 13 (B13) travam um guerra sanguinária nos bairros periféricos da capital acreana, pelo comando do tráfico de drogas na região de fronteira dos países andinos. A Bolívia e o Peru que fazem fronteira com o Acre, foram responsáveis pelo cultivo de 56,2 mil hectares de folha de coca.
Somente no Peru uma área de 35,9 mil hectares, enquanto na Bolívia 20,2 mil hectares, em 2016, segundo o relatório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC\2017). Em contrapartida, a Colômbia considerada o berço dos cartéis, foi responsável pelo cultivo de 96 mil hectares de coca no ano de 2015, conforme o levantamento.  Afinal, dois países vizinhos contam com uma extensão de 6.395 quilômetros, que pode servir como rotas do tráfico de drogas e o contrabando de armas para o território brasileiro.
Apesar dos esforços dos aparelhos de seguranças, as polícias não têm efetivo suficiente para fiscalizar os seis rios que cortam o estado, mas que na maioria das vezes acabam funcionando como trilhas alternatiavas para os traficantes e contrabandistas. Como o governo federal reduziu mais de 10% dos gastos com a a área da segurança, os governos estados tiveram uma queda de quase 2% dos seus investimentos na segurança pública no período de 2015 e 2016, que contribuíram para a escalada da violência no estado no ano passado.
Matança – Foram registrada no ano passado 457 homicídios no estado, enquanto no ano anterior (2016) apenas 286 homicídios. Os indicadores apontaram que 92% das vítimas eram homens, segundo o levantamento de 2017. Em apenas 90 dias desse ano, o estado registrou em janeiro 6,17% assassinatos por 100 mil habitantes, em fevereiro e março os dados caíram para 3,56%.
Em 2015, foram registados 221homicídios dolosos, com a cidade de Rio Branco respondendo por 111 dos casos, conforme os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Só os homicídios dolosos chegaram em torno 234 casos no ano passado, mas capital acreana despontou com 229 casos. Cerca de 90% destes crimes estão relacionados com a disputa por território destas facções criminosas que travam uma batalha pelo comando do tráfico na região.
Ponto estratégico
O Estadão apontou que o Acre desponta em segundo lugar, pois o estado conta com uma células do PPC, com 913 soldados do tráfico, enquanto Roraima desponta com 1.152 criminosos filiados. A organização criminosa que surgiu nos presídios paulistas controla o sistema prisional e o maior número de bocas-de-fumo, segundo o levantamento, mas isso, só foi possível depois da aliança que fizeram com Bonde dos 13 (B13).
Desde a execução do narcotraficante Jorge Rafat, em 2016 na fronteira do Paraguai, que as duas principais organizações criminosas sediadas em São Paulo e Rio de Janeiro buscaram a rota alternativa do Acre e Rondônia para o escoamento da droga e armas oriundos da Bolívia e Peru, depois de perder o. Controle da mais importante rota do tráfico na região do Pantanal do Mato Grosso do Sul,
Em 2013, a Operação Ágata   apreendeu 25,3 toneladas de maconha, 657 quilos de cocaína, crack e um percentual de haxixe. Com os constantes cortes de recursos, no ano passado, a preensão teve uma queda para 11 toneladas de maconha, 123 quilos de cocaína e 122 de outras drogas.
Cezar Negreiros
folhadoacre

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