Indígenas ainda excluídos da Saúde e Educação
Nesta terça-feira, 19 de abril, dia do índio, os deputados estaduais abriram espaço na sessão ordinária, para ouvir as comunidades indígenas do Acre. Entre as reivindicações está o cumprimento da legislação, melhorias a saúde e a educação.
O deputado Jenilson Leite, (PCdoB), descendente dos povos Kashinawá pediu o espaço e a presidência da Aleac cedeu. O grande expediente foi destinado a ouvir dos próprios representantes das etnias, as reivindicações ao poder legislativo.
Segundo o deputado anfitrião, muitas pautas já avançaram, mas ainda é preciso relembrar àquelas que ainda estão pendentes.
“Há 16 anos em Rio Branco vivíamos uma época em que os povos indígenas estavam nas ruas com mão estendida pedindo esmola. Esse cenário mudou, mas existem pautas na educação, saúde que precisam avançar e estão avançando. Hoje nossos povos penetram no poder, em câmaras de vereadores, mas esperamos mais representantes políticos das aldeias”, enfatizou Jenilson.
Durante a exposição de cada líder indígena foram ouvidas preocupações como por exemplo, as políticas públicas voltadas ao tema mudanças climáticas, a segurança alimentar nas florestas e a demarcação de terras.
Segundo o representante da federação Hunikui, o diálogo com o poder público se estruturou nos últimos anos, mas ainda faltam ações efetivas no campo da saúde e da educação.
“O atendimento de saúde ainda é precário, e esse debate precisa ser ampliado. Estamos também trazendo reivindicações para reconhecimento dos professores de escolas dos povos indígenas e propomos a criação de um Fundo para os povos indígenas”, disse Ninawá Hunikui.
Durante a sessão especial também foi proposta aos deputados a criação de um grupo de trabalho com agenda permanente, que implante no parlamento do estado, um Conselho Estadual de Povos Indígenas.
agazeta.net
