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Temer começa a demitir aliados de ‘infiéis’. Alan Rick pode perder cargos no governo

Alan Rick votou contra o relatório que garantiu o arquivamento da denúncia contra Temer – Fotos: Da Assessoria
Da Redação pagina20
O presidente Michel Temer começa a retaliar aqueles que o “traíram” durante votação do pedido de investigação contra ele feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF). De sua base aliada no Acre, dois deputados votaram a favor contra o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB) que pedia arquivamento do processo na Câmara dos Deputados, relatório aprovado por maioria na última quarta-feira, 02. São eles: Major Rocha (PSDB) e Alan Rick (DEM). Rocha, inclusive, exerce o cargo de vice-líder do governo na Câmara Federal.
Rocha, no entanto, já havia declarado há algum tempo que não votaria a favor de Temer e também havia declarado que não tem cargos no governo federal, ao menos que se saiba. Essa situação não ocorre com Alan Rick. Aliás, horas antes do início da votação, Rick foi flagrado negociando seu voto em favor de liberação de emendas do Orçamento da União em favor da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), órgão administrado por seu aliado Raphael Bastos. O flagra foi publicado pelo portal UOL e repercutido no Acre com exclusividade pelo Página 20. A repercussão foi tamanha que Alan Rick foi obrigado a recuar e no processo de votação declarou voto contrário ao relatório de Ackel, ou seja, contrário a Temer.
E é justamente em Bastos que deve repousar a navalha impiedosa de Temer e de seus aliados. Se Alan Rick não se redimir junto ao governo em defesa de Temer nas próximas votações do congresso, Raphael Bastos deverá ser exonerado. O prognostico acerca da exoneração dos afilhados daqueles parlamentares que votaram contra a autorização para a investigação de Temer por corrupção ativa, procede, posto que o presidente, conforme noticia a imprensa nacional, não estaria disposto a perdoar ninguém. Nesta manhã, o jornal Folha de S.Paulo, em sua edição on-line, noticiou que o governo exonerou o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em Santa Catarina como punição ao deputado Jorginho Mello (PR-SC).
Boatos vindos direto de aliados do governo dentro do Palácio do Planalto dão conta que já está sendo preparada uma grande lista de nomes a serem exonerados o mais rápido possível. Temer quer forçar todos que foram contra ele a voltarem ao alinhamento anterior, quando chancelavam qualquer projeto vindo do Palácio do Planalto, mesmo àqueles que contrariem os interesses dos trabalhadores. Temer quer, ainda, garantir maioria para futuros embates como a votação da Reforma da Previdência e até mesmo novas denúncias que estão sendo preparadas pelo Ministério Público Federal (MPF) e que devem ser apresentadas ao STF nos próximos dias.
A pergunta então é: Alan Rick se manterá arredio ou voltará a beijar a mão de Temer?

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