Morador de rua morre após ser agredido com taco de sinuca, diz irmã
José do Carmo da Silva foi enterrado nesta sexta-feira (27).
Agressão teria ocorrido em novembro em um bar em Rio Branco.
O morador de rua José do Carmo da Silva, de 51 anos, morreu depois de ser agredido com um taco de sinuca em um bar no bairro Tancredo Neves, em Rio Branco. Segundo a irmã dele, a funcionária pública Marilene da Silva, de 49 anos, José foi agredido no início de novembro de 2015 e, após passar três meses no hospital, morreu na quinta-feira (25).
"Ele passou 111 dias no Pronto-Socorro. Alguém bateu nele com um taco de sinuca e ele ficou sem falar, perdeu a coordenação das mãos e pés, e não reconhecia mais as pessoas. Ele era morador de rua, vinha em casa a cada três meses. Nem sabemos quem bateu nele", explica.
A certidão de óbito de Silva aponta como causa da morte traumatismo craniano, pneumonia nasacodial e falência múltipla dos órgãos. Marilene afirma que, apesar do tempo do ocorrido, registrou um boletim de ocorrência apenas na sexta-feira (27), data em que o irmão foi enterrado.
"Sempre pedíamos para ele voltar para casa. Ele vinha, passava algumas horas conosco e depois saia para a rua. Ainda fomos ao bar onde ocorreu, mas vou tentar na semana. Quero saber o que de fato aconteceu, porque não é justo perder um irmão assim. Não podemos deixar impune", acrescenta.
Emocionada, a irmã lamenta pela perda do irmão. "É um sentimento de grande decepção com a vida, porque não foi isso que planejamos para ele. Nosso sonho era que ele tivesse estudado, feito faculdade. Ele era morador de rua, mas tinha uma família. Infelizmente, meu irmão fez essa escolha, mas isso não dá direito de alguém tirar a vida dele", lamenta.
